A Forma no Gloster

  IMAGENS RETIRADAS DA NET 

 

 

 

  

 

 1 - FORMA NO CANÁRIO GLOSTER 

1.1 - O PEITO E O DORSO

Em todas as raças a reformulação da perfeição deve-se em certa medida a uma série de coeficientes ou parâmetros, cuja selecção permite conseguir uma contínua e importante melhoria.

É por isso que o peito e o dorso num Gloster são extremamente importantes na reformulação do standard, determinando uma selecção e melhoria constantes.

Sabemos que o peito do Gloster deve ser redondo assim como sabemos que o dorso deve ser ligeiramente bombeado, mas para uma maior clareza é indispensável que seja inequívoco o que se entende por rotundidade do peito e por dorso bombeado.

Geralmente a nossa visão do standard é uma visão que propõe, para simplificar o desenho do canário, um corte de perfil e uma vista de cima.

É bem claro que a rotundidade do peito é determinada por uma linha contínua que partindo imediatamente abaixo do bico se estende de forma arredondada até à cauda, de igual modo o dorso é também representado por uma linha contínua, arredondada e convexa que parte do pescoço até à cauda.

Para esclarecer este ponto servir-nos-emos de alguns desenhos e debruçar-nos-emos a analisar o que se entende por rotundidade do peito e dorso.

Pretende-se, de uma imagem vista de cima, que para não criar equívocos será de boas características, seccionar a mesma silhueta, procurando modificar o que se refere ao seu volume.

Chegados a este ponto podemos concluir que uma visão plana não mostra a ideia de tridimensionalidade.

O que muda será evidentemente a imagem que ilustramos do canário no plano. 

Aquilo que analisamos nas três ( 3 ) figuras – mas é claro que a possibilidade intermédia é infinita – é um canário com um bom dorso e um peito escasso; um canário com um bom peito mas com falta de dorso; e, um canário bom na sua totalidade.

Graças a estes desenhos exemplificativos é possível verificar como as várias secções se modificam e como é fácil para todos intuir qual será o mais desejável para um Gloster.

O juízo de valor que valida um canário não deve limitar-se à sua observação frontal, mas deve ter em consideração as suas diversas posições para verificar que a rotundidade converge em todo o seu volume.

É perceptível que a rotundidade é uma característica genética transmissível, mas não podemos negar que para além desta característica podem existir outras tais como graciosidade e posição.

Um canário tranquilo exprime certamente melhor compacteza e, sentindo-se mais relaxado, assume uma posição de tranquilidade, contrariamente ao canário intranquilo que se alonga ou assume uma reacção de fuga.

Um canário não é melhor só porque assume uma boa posição, mas certamente a tranquilidade na gaiola permite-lhe exprimir ao máximo os seus dotes.

A tese evidenciando que para obter um sujeito redondo deverá sobretudo ter muita plumagem não é aceitável, uma boa estrutura física é determinante, porquanto permite trabalhar o cumprimento das penas finas e o excesso de plumagem.

 

 

 

 

 

1.2 ESTRUTURA TÉCNICA DO STANDARD IDEAL 

 

 

( ESTRUTURA DO STANDARD IDEAL - IMAGEM RETIRADA DA REVISTA  "UCELLI" -  DESENHO DE I. FEREGOTTO)

 

 1.3 - CONCLUSÕES: 

  • O peito deve ser arredondado e sem proeminências, amplo e largo seja no sentido horizontal ou vertical, fundindo-se harmoniosamente com o abdómen e formando uma curva contínua, a qual parte do extremo do bico até à cauda. Visto de cima, a distância entre as espáduas deve ser o mais possível semelhante àquela entre o pescoço e a raiz da cauda. O dorso deve ser cheio e robusto, com asas bem aderentes e o pescoço deve ser largo e cheio, mas muito curto.
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  • As asas devem fundir-se harmoniosamente com o peito e o pescoço, a fim de conferir amplitude ao primeiro e suavidade ao segundo.
  • O gloster ideal deve ser curto e compacto. É sempre preferível um canário pequeno e a selecção deve ter sempre em consideração a diminuição do comprimento e a cauda deve ser estreita, compacta e na linha do corpo. Por isso, o comprimento ideal é de 11,5 cm e a selecção deve privilegiar a sua miniaturização.